31 de dez. de 2011

Diante Da Impossibilidade Da Prática, Aceitar A Teoria


As pessoas falam do que são e do que fazem. Passado, presente ou futuro. Puras fofocas. Todos querem despejar suas auto-biografias tendenciosas. Apenas o testemunho do próprio. E acham estranho meu silêncio.

Pois quando falo de meus atos, tenho que alterá-los. São feios. Mesmo alterados, são feios. E não há interesse em quando falo de teorias. Teorias maiores que uma pessoa.

O ano vai acabar, grandes merdas. O dia acaba todo dia e minhas metas continuam distantes. Talvez por que eu não tenha nenhuma. Tudo continua paranóico e saudosista.

As músicas não me fazem mais o que me faziam, os livros, nem leio mais. Procuro o pronto. O fácil e rápido. Mas para isso, devo embelezar meu passado. Tornar-me interessante na introdução. Nunca soube resumir as coisas. Não consigo ser interessante em 30 segundos. As pessoas me apresentam, e eu faço o resto. Sempre foi assim. Com todas. Ou isso, ou estar confinado num mesmo local, sem opções para os ouvintes a não ser me ouvir.

A essa altura do campeonato, não mais.

Não mais.

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*.mp3 - Mogwai - Travel Is Dangerous
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12 de dez. de 2011

Copo Inexistente


Os olhos, ah, os olhos,
continuam me enganando,
me mostrando os estragos
dos possíveis futuros.

Meu espaço não físico
produz limites gigantes
e eu não participo de mim,
independo da vida.

Mude sua letra
pois o que eu sabia
agora é nada.

Apesar da sua visão cinza,
não me pergunte sobre o copo,
não há mais copo.

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*.mp3 - The Verve - Space And Time
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11 de dez. de 2011

A Arte dos Porcos


Eu não alcanço mais nada.
Fico perdido nas noites, com as pessoas dormindo ou festejando. Fico perdido, tentando viver vidas que não são minhas. Você pode estar viva em outro universo. Posso não ter te conhecido em outro universo. Milhões de possibilidades e alguém (eu) tinha que viver esta.
Me proponho a sair e o sol se esconde de mim.
Nascente de rio por armas de fogo.
Aquele palhaço sem graça, que as pessoas riem por estarem no lugar certo.
Caixinhas se abrem automaticamente para mim, mas não há nada dentro. Procuro por mensagens secretas, como sempre, como se alguém estivesse tentando me dar sinais, falar comigo em cógidos, a língua do p.
E em algum outro universo qualquer, eu sou uma pessoa feliz. Em algum outro universo qualquer, eu sou real.

Me proponho a sair e a água me saúda. Lá fora, água doce. Aqui, água salgada. Sem nenhum motivo de ser.

Ora, quem em sã consciência me deixaria tocar em uma arma sabendo dos meus desejos? Quanto disso é inútil, quanto disso é atuação? Quanto disso é tristeza iniciada por suposições absurdas?

Suponha, por absurdo, que ela seria minha. Suponha, por absurdo, que ela curaria minhas vontades. Suponha, por absurto, que eu curaria a ela. Suponha, por absurdo (e que absurdo), que seriamos felizes juntos, após tanto tempo nos negando a chance de tentar. Suponha, por absurdo, que a felicidade não é uma estrela que te queima viciosamente quando se dirige o olhar diretamente a ela. Suponha, por absurdo, que minha mente se acalmaria com ela.

Em algum universo, o absurdo é óbvio.
Se eu tivesse opções, o mais seguro seria viver num universo onde estou morto.

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*.mp3 - Morrissey - Life Is A Pigsty
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5 de dez. de 2011

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